segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Guardas-noturnos: «Passagem de ano acaba por ser pior em termos de segurança»

“As passagens de ano acabam às vezes por ser piores que o Natal para o trabalho dos guardas-noturnos, devido ao excesso de consumo de bebidas alcoólicas e ao facto de essa noite atrair muita gente de fora em animação”, disse ao barlavento.online o guarda-noturno Carlos Tendeiro.
Ao contrário do que tem sucedido no Algarve durante as noites de Natal, em que ainda nenhum episódio o marcou na sua profissão, a passagem de ano parece ser mais complicada.

“Estou em Lagos há oito anos e lembro-me de que não tenho tido problemas nas noites de Natal. Sei que no ano anterior à minha entrada chegou a haver dois assaltos, ainda não existiam guardas-noturnos nessas áreas. Felizmente, Lagos é, por enquanto, uma cidade segura”, observa Carlos Tendeiro.

Para este guarda-noturno, a noite de Natal “acaba por ser, ao fim e ao cabo, quase como as outras. Só que há muito menos movimento na cidade. E se houver movimento é por volta da 1 hora da madrugada quando entramos ao serviço, pois é nessa altura que as pessoas saem das casas dos seus familiares para regressarem às suas residências. Vê-se, geralmente, depois, um acumular de lixo das prendas”, conta.

Filho de um guarda-noturno, em Leiria, onde despertou para esta profissão, Carlos Tendeiro recorda que, há nove anos, naquela cidade, onde foi passar a quadra festiva com o pai, “colegas nossos apanharam em flagrante delito numa noite de Natal os dois indivíduos que, por hábito, vandalizavam por noite de dez a vinte carros, partindo vidros, embora nada levassem. Era só para destruir”.

“Conseguiu-se parar com essa onda de vandalismo”, frisa.
31 de Dezembro de 2010 | 09:37
josé manuel oliveira
 

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